Bem-vindos

Para saber mais e se vc quiser ler em italiano, pode tb visitar meu site www.giusidangelico.it
obrigada

terça-feira, 18 de junho de 2013

Por que você me traiu?

 
Por que você me traiu? Pergunta um amante ferido. E as respostas são muitas vezes a pior parte da conversa, porque é cheia de mentiras.
Estas as mais freqüentes:

-Quem? Eu??? Não! Não é verdade! Como você se atreve?
-Eu juro que isso aconteceu apenas uma vez, há muito tempo, e com uma pessoa que já não existe mais (ou )… que não significa nada para mim!.
-Eu não queria não, eu fui forçado / a, eu tinha bebido, tentei desistir sem conseguir … mas para mim isso não significa nada. Foi uma coisa rápida e indolor, na verdade. Sem qualquer envolvimento.
Estas são somente mentiras, mas a questão permanece a mesma: por quê?
As respostas reais, inconfessáveis, as que são abafadas e nunca reveladas por medo de ferir o outro ou medo de vinganças, ficam sempre guardadas no fundo do coração.
“Porque eu queria transgredir!. Porque não te amo mais. Porque você ontem era paixão e agora é só um carinho. Para fazer você pagar por algo. Não estava contente com o meu relacionamento. Só para ver se ainda tem gente que gosta de mim. Porque eu estou apaixonado/a por outra pessoa.”
Por causa de tédio, raiva, falta de interesse, egoísmo, ou novo amor.
Muitas razões para sinalizar o fim de um relacionamento que, por razões familiares, sociais e econômicas “devem” permanecer unidos, apesar da dignidade e sinceridade.
Não é fácil esconder, muito menos assumir. Não é fácil conviver com a culpa e com o remorso. Não é fácil ser o culpado do fim do relacionamento, e menos fácil ainda destruir o coração do seu parceiro. Não é fácil pedir perdão e não é fácil ser perdoado.
Tudo isso é muito difícil de passar, mas ainda assim, cientes do tamanho do problema, optamos por ter mais de um amor…
Esse artigo foi traduzido por Giusi Dangelico, escritora do mesmo artigo em italiano para a Vanity Fair, que assina o presente.
 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Histórias verdadeiras de todo o mundo.
A força, a perseverança e o amor de que todos precisamos.

Até 2004, Pedro era apenas um descendente e pertence a uma das tribos mais antigas do Brasil. Nada elegante veste-se, sem celular e informática. Só a vida na natureza.




Então ele conheceu uma turista holandês. Amor à primeira vista. Ele deixa tudo e ir morar na Europa. Repudiado pela sua tribo, aprendeu a viver em uma sociedade nova, entre muitas dificuldades e trabalho em um restaurante de fast food.

Depois de alguns meses trabalho de mudanças, torna-se um professor de Capoeira e durante uma performance, encontra um novo amor. Em 2006 eles se casam. A coleção retornada de sua tribo, que agora tem “perdoados” e compreendido. E para mim que eu amo tudo o que eu falo sobre o Brasil, hoje realmente foi um encontro agradável.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Criança aos 66 anos, com uma parceira de 30 menos dele

A história de duas pessoas normais. Um tema que é muito discutido aqui na Europa.

Uma vida nova com mais de 60 anos, inaugurada pelo nascimento de uma criança. O que antes chocou o mundo, e que só era permitido apenas para os ricos e os famosos, está se tornando (quase) normal, para satisfazer uma necessidade de eterna juventude ou selar um novo amor.
A diferença de idade entre os pais nesse caso é realmente substancial, com todas as dúvidas e os preconceitos do caso.

Aconteçe, como já aconteceu com as duas pessoas normais que me contaram, felizes, a sua história: Samuela e o parceiro dela, Stefano Benemeglio tiveram um filho e com 30 anos de diferença de idade entre eles. “Eu conheci o Stefano por causa de um curso básico de comunicação analógica não-verbal”, diz Samuela.

“Ele era um professor, de 57 anos, e eu uma aluna de 27. Para ele, foi amor à primeira vista, para mim um envolvimento nascido no tempo, graças ao seu namoro constante e apaixonado. Eu me senti completamente amada e desejada, de modo a superar todas as dúvidas das pessoas e os juízos dos meus pais, de quem estava com medo que não seria aprovada.”
“Na época, Stefano estava recuperado de uma doença grave, buscou entusiasmo e força comigo. Nós começamos a viver juntos e logo nasceu em mim o desejo de maternidade, que ele inicialmente não gostou. Ele já tinha filhos e não desejava outros, principalmente por sua idade. Os anos se passaram felizes, até que no ano passado… o milagre.

Com 36 anos eu e 66 ele, viemos a ser pais de uma criança que eu decidi chamar de Stefano, assim como ele, para homenageá-lo, por ter me dado a oportunidade de me tornar mãe. Depois de 10 anos nós ainda amamos, de fato, e estamos mais unidos do que antes, ao contrario daqueles que tinham me chamado de interesseira por uma riqueza, que na realidade não existe. ”

“Para ser honesta, de algo Samuela aproveitou sim ! Você está aproveitando do meu tempo, a partir de 10 anos, mesmo que você não queira admitir! “. O Stefano afirmou, sorrindo e olhando pra ela em busca de confirmação em seus olhos. E conclui: “Brincadeira à parte, fiquei impressionado desde o início, com sua frescura, criatividade, positividade e naturalidade. E a causa de tudo isso eu quis namorar com ela.”

Um casal feliz, uma história normal, verdadeira, com nomes e sobrenomes de pessoas comuns. Uma questão sensível, quando se trata de criança e uma diferença de idade tão grande.

E Você? O que vc acha?
 


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Seja um namorado perfeito

As mulheres revelam quais são as características que formariam o companheiro dos sonhos 

(Vladimir Maluf)
Se você quer agradá-la em todos os aspectos e ser um namorado perfeito para não ouvir reclamações, fique atento às dicas das mulheres.

Luciana, 28 anos, diz que a primeira exigência que faz quando conhece um homem é se ele trabalha. “O resto é contornável. Mas homem encostado é inaceitável”, diz ela. Além disso, não gosta dos bonitos demais. “Esse tipo costuma ser provocador, gosta de causar ciúmes, é vaidoso demais e adora mostrar que é desejado pelas mulheres. Parece que não amadurecem nunca”, reclama.

“Pegada de homem também é indispensável”, diz a moça. “É bom que seja carinhoso, mas, na hora do sexo, tem que mostrar virilidade, força...”, exemplifica. Mas é importante se preocupar com o prazer da parceira. “Infelizmente, por mais que as mulheres falem exaustivamente sobre isso, o homem ainda parece não entender que precisamos de preliminares. Acho que o namorado que fizer isso sem eu ter que cobrar, eu caso”.

Para a estudante Rebeca, ele tem que ser carinhoso, mas na medida certa. “Nada de muito meloso, porque isso nenhuma mulher aguenta. Não pode ser muito bonzinho, pois as mulheres gostam de homens decididos, com personalidade”, afirma ela. Mas Receba disse que o sexo é muito importante. “É 50% da relação”. A boa educação também está na lista de exigências da jovem de 22 anos. “Tem saber se comportar em público e na frente dos pais”

Com medo da sogra, Vitória afirma que presta muita atenção no comportamento do pretendente antes de assumir um compromisso. “Tem homem que tem uma relação estranha com a mãe. Aí não dá”. Por fim, não reclama se ele tiver um pouco de ciúme. Até gosta... “Aquele medo de perder mostra que o namorado gosta de você, mas não é para ser um psicopata”, brinca.

A qualidade principal em um homem para o namoro vingar, na opinião de Bianca*, de 28 anos, é que seja bom de cama. “Saiba fazer sexo oral. E, claro, não só nisso: tem que ser bom em todo o resto”, diz. “Claro que a relação não é baseada só em sexo. Ele tem que gostar de mim, ser carinhoso, cuidar de mim e, logicamente, me respeitar”. Sua amiga, Renata, completa: “Que saiba que uma mulher deve ser tratada com delicadeza, na cama e fora dela”.

Solteira com orgulho e muito exigente quando o assunto é homem, Gisele, 33 anos, diz que, depois de muito quebrar a cara, não releva muitos defeitos. E tem uma listinha na ponta da língua. “Trabalhador, educado, maduro, carinhoso e sexualmente experiente. Homem com mais de 30 que não aprendeu a dar prazer a uma mulher até hoje, que se aposente!”, brinca.

“Outro detalhe importante: que more sozinho. Morar com a mamãe, não dá. Já saí com um cara que mentiu para a mãe por ter dormido fora: disse que estava na casa de um amigo. Queimou o filme na hora!”, afirma.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Difícil Arte de escrever


Ler cansa. Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração. Hoje, com todas as facilidades da vida moderna, muitos lêem somente quando obrigados: na escola, para o vestibular, na faculdade ou para se manterem atualizados profissionalmente. Poucos lêem por prazer. Menos ainda os que escrevem por prazer. Segundo Schopenhauer, a maioria dos escritores "vivem da literatura e não para a literatura". Raras são as vezes em que ambas são exercidas pelo mesmo homem. Enquanto muitos preferem gastar energias e recursos em festas, divertimentos ou prazeres fulgazes, A arte de escrever mostra como gastar as mesmas energias e recursos com a literatura e obter retorno.

De espírito eternamente provocador, Arthur Schopenhauer foi um filósofo que influenciou grandes nomes da atualidade, como Machado de Assis, Nietzsche, Freud, Wagner, Tolstói, Sartre e Thomas Mann, entre outros. É considerado até hoje um dos principais pensadores de toda a história alemã. O livro A Arte de escrever é uma coletânea de cinco dos vários ensaios escritos por Schopenhauer no livro Parerga e Paralipomena (Acessórios e Remanescentes). São cinco sobre literatura: escrita, estilo, leitura, crítica e pensamento literário. Segue um breve comentário sobre cada um deles.

1. Sobre a erudição e os eruditos (Über Gelehrsamkeit und Gelehrte). O autor critica duramente os falsos eruditos dizendo que quem lê muito pensa pouco. Ele classifica como escritores distintos os que vivem DA literatura e os que vivem PARA ela. Outro ponto importante é quando diz que "a maior parte de todo o saber humano, em cada um dos seus gêneros, existe apenas no papel, nos livros, nessa memória de papel da humanidade. Apenas uma pequena parte está realmente viva, a cada momento dado, em algumas cabeças" (pg. 29). As revistas literárias, ao invés de separarem o joio do trigo, divulgam opiniões pagas e indicam livros ruins para os leitores.

2. Pensar por si mesmo (Selfstdenken). Organizar os pensamentos é uma tarefa fundamental. Pensar com profundidade só é possível sobre um assunto conhecido, e conhecer uma assunto só é possível pensando sobre ele. "Uma pessoa somente deve ler quando a fonte de seus pensamentos próprios seca" (pg. 42). Tanto a leitura excessiva quanto a experiência não substituem o pensamento individual. Pensar requer mais esforço do que ler. O pensador deve ruminar as suas próprias idéias e chegar à conclusões por conta própria, desenvolvendo sozinho o raciocínio.

3. Sobre a escrita e o estilo (Über Schriftstellerei und Stil). Há escritores e livros bons e ruins. O escritor é ruim quando escreve por dinheiro. Os livros mais recentes não são os melhores e "o público é tão simplório que prefere ler o novo a ler o que é bom" (pg. 70). Como a maioria dos livros é ruim, deve-se preterir os ruins aos bons. O autor critica os escritores e críticos anônimos comparando-os a assaltantes mascarados. O estilo revela muito sobre o autor da obra. Se o autor usa mais palavras do que realmente precisa é confuso ou obscuro e tenta parecer saber mais do que realmente sabe. Schopenhauer enumera vários vícios que desmascaram uma escrita ruim.

Não gostei da frase na contracapa que diz "TEXTO INTEGRAL", sendo que no prefácio o tradutor Pedro Süssekind diz que "Esse trecho foi traduzido integralmente, com exceção de uma passagem do item mais longo de Sobre a escrita e o estilo" e que "optou-se por uma versão reduzida do texto Sobre a escrita e o estilo" (pgs. 14-15). São louváveis os motivos do tradutor e da editora neste aspecto, mas a frase na contracapa deve ser retirada para que essa não engane a ninguém. A lei é contra a prática de divulgar uma coisa e vender outra.
Por isto, a editora deve tomar cuidado com o Código do Consumidor, pois ele pode e será usado contra vocês pelos leitores que se sertirem enganados.

4. Sobre a leitura e os livros (Über Lesen und Bücher). "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: apenas repetimos seu processo mental" (pg. 127). A maioria dos livros é escrita somente para vender e, por isso, é importante assim como escolher o que ler, escolher o que NÃO ler, pois a vida é curta e tempo e energia são limitados. Biografias não devem ser lidas em substituição às obras originais. Pouco mais de uma dúzia de obras a cada século permanecerão para a eternidade. "O reconhecimento pela posteridade costuma ser pago com a perda de aplauso por parte dos contemporâneos, e vice-versa" (pg. 138).

5. Sobre a linguagem e as palavras (Über Sprache und Worte). Dos cinco, é o ensaio mais técnico. Declara que as interjeções foram as primeiras palavras a existirem. E cita Voltaire quando diz que o adjetivo é inimigo do substantivo. Todo idioma atinge um ápice em que não se aperfeiçõa mais, mas piora ficando mais simples. Quem aprende mais de uma lingua aprende além de palavras novas conceitos novos. Expande a sua maneira de pensar. Por isso as traduções são imperfeitas, pois existem palavras em um conceito impossível de traduzir para outra língua. Schopenhauer estimula o estudo de línguas puras, como grego, latim e alemão.

Depois de mencionar algumas passagens e pensamentos acima, pode-se facilmente concluir que o livro merece ser lido e relido. O autor provoca. Distribui alfinetadas. Mas ele defende bem os seus argumentos e provoca a reflexão no leitor. É um livro escrito para escritores, para leitores e para pensadores.

Diferente de O caminho dad Pedras de Ryoki Inoue, que procura ensinar como escrever best-sellers (livros escritos para ganhar dinheiro),  A arte de escrever mostra como escrever uma obra de arte para a humanidade, que demonstre todo o potencial do escritor e faça as gerações posteriores evoluírem através da sua leitura.

Escrever é um trabalho muito competitivo (hoje todo o mundo escreve procurando dinheiro com livros best-sellers) e cansativo. Precisa paciência, ter argumentos solidos e enteresantes, saber dominar o próprio idioma. Mais que tudo precisa ter paixão pela escrita. Essa paixão é a força na vida dos escritores. Eu sou uma escritora e por isso sinto-me muito grata e feliz.