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quarta-feira, 9 de maio de 2012

A vontade de gritar a dificuldade de viver

Por Giusi Dangélico direto da Itália.

Escrever artigos para um público torna-se uma tarefa muito difícil, quando, dependendo das áreas escolhidas de atuação, isso incluindo o constante olhar para o sofrimento dos outros.
É preciso ser forte, ou ter vontade de tornar-se mais forte, porque quando as pessoas se contam em desespero, inevitavelmente, o grito de dor penetra as almas dos mais sensível.
Cansei de contar as vezes que me pediram pelo exterior de escrever sobre a situação econômica italiana de falência.
Todas as vezes, tento procurar pretextos para demorar um pouquinho para me postar a respeito.
Não é fácil escrever sobre a gente que não consegue enfrentar as despesas até o final do mês. Na semana passada celebramos a Festa do primeiro de maio, “O Dia do Trabalhador”, enquanto os empregadores e trabalhadores continuam a cometer suicídio, enquanto os pais continuam dormindo no carro com o resto da família e muitas outras reportagens indicando um mal-estar social imensurável.
A esperança para muitos, fica tentar lançar mensagens públicas que podem agitar a
consciência e ser recebidas pelos órgãos competentes. Escolhi esse artigo entre muitos, porque é aquilo que sinto, a propósito de expressar meus sentimentos, pensamentos
e jeito de olhar a realdade.

Escreveu Michele Marolla, Editor-chefe da Crônica do Cotidiano
 “La gazzetta del mezzogiorno”:

Pedidos de ajuda estão a crescer exponencialmente: dezenas de casos de pessoas que não não sabem como chegar até o final do dia, não ao final do mês. E se até há pouco tempo foi a queixa de abuso (real ou imaginária) para assenhorar-se, agora eu vejo pedidos desesperados de ajuda, como o jornal a publicar a angústia, a dificuldade de viver, pode resolver a situação, ou pelo menos exorcizá-los em uma espécie de catarse coletiva.
Ficar deste lado do telefone torna-se cada dia mais emocionante, porque os fatos são terrivelmente real.
As histórias, no entanto, contadas com muita dignidade, com decência, não includem pedidos de dinheiro, contribuições, subvenções, mas expressam somente o desejo de falar sobre a própria situação, gritando para o céu e para o mundo o desespero, com um grito libertador que poderia abalar a consciência e começar por vários caminhos, o respeito pela dignidade humana.
Ter a oportunidade de trabalhar, em qualquer emprego, não pode garantir o futuro, mas
pode ajudar na sobrevivência diária. Então a única maneira é a queixa no jornal, assim que, quem decide, pode ser perfurado pelo grito de dor público.
Sim, quem decide, quem pode. Mas essas pessoas ainda existem? Estas entidades?
O encolhimento dos vereadores, prefeitos, presidentes, empresários, banqueiros,
sindicalistas, são cada vez mais a regra. A frustração é palpável. A sensação de impotência está se espalhando, verdadeiro ou falso que isso é impossível.
Claro, que não ter acesso aos recursos é uma coisa ruim, mesmo de um patrocínio
estritamente-eleitoral. E ficamos com medo de ter que lidar com sentimentos de
forma acrítica, rotulados como “anti-política”, talvez só porque eles minam as certezas da política, até mesmo dos políticos.
No entanto, em Bari, lojas de grifes são as menos afetadas pela crise, um sinal de que o fosso entre quem pode e quem não pode gastar é alargada, permitindo ver um pedaço cortado de país, apenas um pedaço da sociedade. As respostas para todos nós pertencemos.
Há apenas um caminho possível: redescobrindo o sentido de comunidade para dar respostas a quem precisa. Reconectar os fios de exasperação de solidariedade social .

Fonte de Informação:

La gazzetta del mezzogiorno

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